playing tricks behind me
Me lembra aquele filme de quando eu era criança. O personagem da Meryl Streep, escritora, deveria cultivar só os bons pensamentos, cercar-se de champanhe, aromas, banhos relaxantes ... de repente a esposa traída fez com que as obras transpirassem mesquinharias: ressentimentos, injustiças, desejos de vingança. Morria a lítera pura.
Só uma maluca de pedra acharia que está sofrendo um nível de chantagem tão alto a ponto de ter sido sucessivamente ameaçada. Te digo que o crime é uma fraternidade de regras rígidas. Ontem fui a uma festa com amigas. O carro nem era meu mas eu estava com medo de, justo num dia de festa o carro ter sido roubado e medo de uma espera de longas horas na delegacia. Quando meu filho sai de casa e demora prá voltar todos já acham patológico não sentir medo, coisa de mãe dissociativa. Temos medo em todos os outros instantes da nossa vida e nem nos damos conta.
Querem saber se minha colega de escola ainda está me prejudicando? Resposta: sim, e muito. Porque branca e de " boa família " faz os outros alunos imaginarem que há no meu passado um grande segredo sujo, sem merecer ninguém seria assim tão publicamente agredido. Desconfiança, insegurança, constrangimento. Minha imagem está associada a esse vento gelado, que só não é bem mais gelado porque vivo evitando o contato. Impossível evitar, faz questão de estar com minhas amigas ou em posições nas quais vai ter algum tipo de contato visual comigo. Meeeedo. Tenho vontade de oferecer um bom dinheiro sujo para ela me deixar em paz. Dinheiro limpo que ela poderia ter ganho ajudando uma colega de escola que fracassou ao tentar conciliar o conteúdo do Curso com as muitas horas diárias de trabalho. Ajudar como o César ajudou, sem nada pedir em troca e sem ostentação. Mas o César é o César, também conhecido como aquele que não quer se sujar.
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