segunda-feira, 14 de maio de 2012

Não me transformei em alguém mais forte

     Odeio bisbilhotice, Pedro, por isso eu nunca te perguntei. Confiro minhas atitudes com as de outras pessoas e sempre vejo umas coisas significativas que não batem.  Confesso que também não me esforço para ser igual, na verdade não vejo muito sentido em se esforçar demais para conseguir o que não se deseja, pareceria até meio louco, não?     Em 2009 vi ocorrer com outrem que teve bem melhor sorte aquilo que ocorrera comigo em 2003/2004. O principal sintoma é trocar letras e números. Era uma incapacidade que no nosso meio de ganhar a vida é severa.  Aquelas certidões imensas com numero de CPF, RG, processos, registro da dívida, cadastro no órgão. Acabava de digitar e tinha que reconferir, encontrava erros constantemente, estava sempre perdida reconferindo ao ponto de o Luiz ter assumido a tarefa de fazer as certidões. Me marcou pra sempre ele dizendo que para conferir uma por uma seria melhor fazer certo logo da primeira vez. Ninguém acredita nessa frase mas isso nunca me acontecera antes. Uma das causas de eu ter decidido morar e trabalhar numa cidade bem mais calma foi essa incapacidade temporária para o trabalho que nunca foi diagnosticada, eu não tinha idéia de que um acompanhamento especializado poderia resultar nuns meses de terapia e em cura.      Mais tranquila? Aí começou todo o mal. A Flávia foi consequência dessa decisão.

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